Ninguém está livre de “dar os cinco minutos” quando se trata de séries de TV. Aqui em casa, ficamos irremediavelmente viciados em reality shows culinários – sobretudo em “Top Chef” (Sony, sáb. às 23h), que está em sua melhor temporada.
Na atração, 15 chefs de cozinha competem pelo título de Top Chef e um prêmio de 125 mil dólares. Nos EUA, o programa já está na nona temporada, mas por aqui ainda estamos assistindo a sexta.
Cada episódio consiste em dois desafios: o rápido, que confere imunidade ao vencedor e/ou prêmios em dinheiro, e o eliminatório, que desclassifica um ou dois chefs da competição.
A sexta temporada chegou a ser proclamada pelos juízes como a mais forte: há o ruivo Kevin, especialista em cocção de suínos, a neurótica Jennifer, com sua descontrolada agressividade culinária, e os irmãos Voltaggio, sofisticados representantes da cozinha internacional desconstrutivista.
Além do porto-riquenho Hector Santiago, que costuma fritar todos os seus pratos – mesmo depois de prontos.
Num episódio recente, um dos juízes chegou a cuspir a comida de um concorrente e outro se referiu a um patê como “ração de gato”. No último programa, alguém fez uma sopa de pepino e abacate apimentado para acompanhar um salgadinho de cebola e ganhou o desafio. Um dos Voltaggio cozinhou couve-de-Bruxelas com rúcula e foi chamado de Picasso.
Como sempre, a temporada tem sobremesas com bacon, comidas com cacto, receitas desconstruídas, gastronomia molecular, vieiras, espumas, reduções e o misterioso “sous vide”, além de muito funcho, ceviche e halibute – essas comidas que a gente nunca sabe bem o que são.
No próximo sábado, a convidada especial será a atriz Natalie Portman, que obrigará os mais ferrenhos defensores do porco a preparar um prato vegetariano. Outros juízes desta rodada são a chef e apresentadora de TV Nigella Lawson e os ilusionistas Penn & Teller.
No âmbito privado, a série revolucionou nosso cardápio da madrugada: agora enfiamos miojo num saco plástico para cozinhar em “sous vide” e empilhamos finas rodelas de banana, fatias de bolo de rolo e salame, decorando com folhas de funcho e creme de ruibarbo.
Resta saber por que chamam de “funcho” e não de “erva-doce”.