Folha de S.Paulo – Ilustrada
4 de fevereiro de 2013
por Vanessa Barbara
“The Tube” (ou “The Underground”) é um interessante documentário em seis partes sobre o metrô de Londres – que em janeiro completou 150 anos de existência.
Produzido pela BBC e exibido no Brasil pela BBC HD (segundas às 21h), o programa acompanha os funcionários e passageiros deste que é um dos maiores sistemas de transporte do mundo, com 270 estações e 402 km de extensão.
É uma reportagem extensa e divertida que revela “um mundo subterrâneo jamais visto”, com depoimentos de condutores, varredores, supervisores de estação, bilheteiros, paramédicos e técnicos. Há funcionários designados para perseguir ratos, espantar pombos e acordar passageiros na estação final. “Estou em Morden? Sério? Como vim parar aqui?”, indaga um sonolento rapaz.
No primeiro episódio, os coordenadores de estação lidam com o aumento de passageiros. “Gosto de trabalhar na sala de controle. É como um jogo de estratégia: distribuo funcionários onde é necessário, mantenho o pessoal em movimento”, declara um deles.
No segundo, agentes da fiscalização investigam passageiros que usam o sistema sem pagar, e as câmeras exibem o depósito de Achados e Perdidos.
Há um episódio só sobre suicídios e o fardo psicológico enfrentado pelos condutores; outro sobre a hora do rush, as grandes falhas que interrompem o serviço e os trabalhadores da madrugada.
“Anunciamos que é proibido consumir bebidas alcoólicas no metrô. Este aviso em particular é para o cavalheiro de jaqueta marrom na linha Central sentido oeste.”
Num grande momento da série, o condutor Dylan Glenister sai em defesa de sua linha predileta. “Às vezes, reajo mal quando a criticam. Dizem que os trens daqui estão caindo aos pedaços, mas, enquanto as outras linhas fecham para a manutenção, qual linha está sempre aberta? Piccadilly. A única e perfeita Piccadilly”.
Segundo ele, as outras linhas estão cheias de “caras metidos”. “Olhe só pra mim”, ele imita, “trabalho na Metropolitan, venho de Amersham e atravesso a cidade. Já os da Circle dizem: ‘Ah, você não vale nada, eu dou uma volta completa em Londres, blá-blá-blá’”.
E explica: se a linha Central é como uma bibliotecária sisuda, a Pic é um amigo fiel que fala pouco. “Olha só os ‘rostos’ desses trens, parece que estão sorrindo.”
Para Dylan, quando o assunto é metrô, “ou você ama ou você odeia. É como goiabada. Detesto goiabada, mas adoro o metrô”.
ué, vc citou frases de um documnetário, mas isso é um texto seu? isso serve pra que?
eu devo indicar seu blog pra quem gosta de TV ou pra quem não tem tempo e quer ficar livre em algusn segundos? Quel o propósito disso?
Em duas palavras: oras, churrasco!
Ciao Vanessa, I read your lovely novel in Granta and I lived near … Morden. I’m from Italy and I’d like to talk about more or less stupid things. Fabio
Are you fond of goiabada?
devo concordar com teresa: vc citou frases de um documnetário. Isso serve para que? E discordo do Dylan, pois goiabada é excelente, e qualquer um que não tenha passado as últimas décadas voando por túneis subterrâneos sabe disso. Mas o invejo.
Implicando que eu não assisto TV só pra entender melhor os textos da Vanessinha <3