Agosto de 2014
Aí você está numa festa em Paraty e conhece um amigo de um amigo que foi a Zagreb, na Croácia, e visitou o Museum of Broken Relationships (Museu dos Relacionamentos Malogrados).
E ele te informa casualmente que o seu buquê de casamento entrou para o acervo do museu, junto com um texto bastante informativo das patéticas circunstâncias pelas quais o objeto virou uma peça digna de apreciação pública.
E você fica impossível de feliz. E quer compartilhar essa descoberta com todo mundo que você conhece e também com os desconhecidos, motivo pelo qual este post é mais público do que as fotos do bebê George.
Mais informações sobre o museu: http://www.hortifruti.org/2012/06/24/o-museu-amor-malogrado
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Um buquê de casamento feito de papel
24 de maio de 2006 – 23 de maio de 2011
São Paulo, Brasil
Sou escritora e me casei com meu editor favorito. Este buquê de tiras de papel foi confeccionado por uma das duas testemunhas (e padrinhos) do nosso casamento, que também é editor.
O relacionamento terminou na véspera do nosso 5o. aniversário, quando descobri que ele estava me traindo e descrevendo em detalhes o ocorrido para um grupo de outros escritores, que o apoiavam.
Um deles era o meu melhor amigo Emilio, que escreveu um romance comigo.
Acho que é isso o que significa machucar-se com um corte de papel.