Aqui estamos de novo, copiando e colando enxertos aleatoriamente e chamando este amontoado imundo de palavras desconexas de "Zine". Em grego antigo, "pedaço de papel carcomido e malcheiroso, que se destina a informar fatos desnecessários e fazer da vida das pessoas um fardo mais terrível de carregar". De compreensível, só temos os títulos, como manda o bom jornalismo: ótimas legendas, frases curtas e impactantes, títulos e sub-títulos de efeito, e embaixo deles um emaranhado de palavras sem ligação, que se assemelha à utilidade de um nononononon. Considerando que, conforme os ensinamentos de Sêneca, "boas idéias são como empadões de frango: grudam no céu da boca", pretende-se continuar com esta insanidade até que alguém chame a Vigilância Sanitária, invada nossa cozinha e observe a fabricação dos textos - aí já viu. Lembrando novamente que quaisquer contribuições, comentários, xingamentos e manifestações macambúzias poderão ser enviados para hortalica@gmail.com, ou no formulário disponível na nossa nova página, www.damnzine.hpg.com.br. Que, sinceramente, está pior que a antiga, porque às vezes é melhor silenciar do que encher a Grande Rede de lixo... perceba que a expressão pode ser lida de duas maneiras, "a Grande Rede de Lixo", numa novo denominação para a Internet, ou "encher a grande rede (internet) de lixo (bobagens)", mas de qualquer maneira dá na mesma. Depois dessa informação, posso assegurar aos fiéis leitores (você de novo?!) que meu dia está completo. Obrigada, Amsterdã. Obrigada, Antuérpia. A todos os que votaram em mim, um aperto de mão e a promessa de que logo nos veremos. (E que encontraremos um rumo). E um abraço pra Esquila, que "tá lá na Dana". Repita isso várias vezes.
Era uma vez duas pulguinhas que passaram a vida inteira economizando e compraram um cachorro só pra elas.
... De qualquer jeito, a gente faz o que pode. E a única coisa de que a gente deve cuidar é dar sempre um passo pra frente, um passo, por menor que seja. Se depois, a coisa andar em marcha à ré, nunca vai andar tanto pra trás como andou pra frente. Pode-se provar isto. E é por isso que a coisa vale a pena. Fica provado que nada é inútil, mesmo que assim pareça!
Dicas para se tornar temido e evitado nos círculos sociais mais enfadonhos. Anote aí (muitas foram criadas, testadas e aprovadas pela equipe da Hortaliça): 1) Desenvolva um estranho medo de grampeadores. 2) Insista que o seu e-mail é ohomemdofundodomar@zipmail.com.br, ursinho.pimpao@nomedaempresa.com, xena.princesa.guerreira@bol.com.br. 3) Encoraje seus colegas de sala para fazer uma dança de cadeiras sincronizada com você. 4) Termine todas as suas frases com "assim rezou a profecia". 5) Ajuste a brilho do seu monitor para o que o nível dele ilumine toda a área de trabalho. Insista com os outros que você gosta desse jeito. 6) Sempre que possível, saltite ao invés de andar. 7) Pergunte às pessoas que dia da semana é hoje. Ria histericamente depois que elas responderem. 8) Coloque uma tela de mosquitos ao redor da sua cadeira na faculdade. Toque um CD com sons de cachoeira durante a aula toda. 9) Ao sair do zoológico, corra na direção do estacionamento gritando "Salve-se quem puder, eles estão soltos!". 10) Adquira o hábito de falar sobre si mesmo na terceira pessoa. Três dias depois, mude subitamente para "nós". 11) Quando alguém derrubar um lápis, ofereça-se para pegá-lo, serenamente. Então parta-o ao meio (é mais fácil do que se imagina) e devolva-o ao dono, sorrindo. 12) Se, no item anterior, a pessoa ainda reclamou "Ei! Mas era meu lápis preferido", apenas responda "Ótimo! Agora você tem dois." 13) Carregue um martelo ou outro objeto insólito dentro de sua bolsa, e derrube-o de repente no meio de uma grande rua. Espere que alguém o apanhe e, então, saia correndo. 14) Durante uma aula silenciosa, grite, de repente, algo como: "PELANCA". Quando as pessoas se voltarem pra você, buscando explicações, vire-se pra trás. 15) Suba em cima de uma mesa, dê um grande salto espalhafatoso ao chão, e depois corra para anotar qualquer coisa urgente em algum de seus papéis. 16) Quando estiver andando com alguém, lado a lado, subitamente olhe para a pessoa, vire-se pra trás e comece a correr, o mais rápido que puder. 17) Quando estiver dirigindo um carro, com alguém ao lado, encoste a cabeça, feche os olhos e diga: "Vou tirar um chochilo. Me acorde nas curvas." 18) Na hora do jantar, anuncie para os seus filhos: "Devido à nossa situação econômica, teremos de mandar um de vocês embora".
- Por que nossas cabeças não
entram para dentro do casco? (nhoc!!) - É verdade! Nossas cabeças são feitas de chocolate. Estúpida.
< continua na próxima edição >>
Seu Ogro. Ok, maneira péssima de começar um email. Deve ser por isso q as pessoas nunca me respondem - pra falar a verdade, ninguém nunca me responde. Na Vanessolândia, tudo seria diferente, as pessoas iriam tomar choques ao receber os meus emails, e, se não respondessem, virariam monstruosas e perplexas estátuas de sal. Mas, voltando ao assunto, realmente, a palavra "suspensão" – seguida por um ponto final – é uma tremenda de uma palavra. Nesta categoria, encontram-se também "balacobaco", "omnilíngüe", "ortorrômbico" e "lúpulo". Entre outras que não me lembro mais. Em defesa dos avestruzes (já reparou q eles estão sempre sorrindo?), devo dizer-lhe que fornecem informações erradas para o bem do país. "Nós somos um país de apócrifos", declarou o avestruz Nhonho, enquanto palitava os dentes, durante a CPI da cosquinha. Eles disseminam informações equivocadas para cidadãos como o senhor, para q todos vivam melhor a vida, comam pudins nas refeições e conheçam pessoas novas. Não sei o que você quis dizer quando justificou que o [neste ponto o documento está truncado, e a autora se referia a uma publicação de peso no mercado editorial] não era apócrifo pq tinha o seu nome, uma vez q a palavra "Apócrifo" não tem o mesmo significado para você, para mim e para a horda de avestruzes omnilíngües, em se tratando d uma palavra-coringa. Portanto, eu afirmo que é apócrifo porque recebe o apoio de tachinhas metálicas, e pronto. O que quer q isso queira dizer. Hm. Eu quero o meu nome lá. Os dois. Entremeados por um sobrenome "A.", q quer dizer, você sabe o quê. Não, não quer dizer Antofilita. Mas se eu encontrar alguém com sobrenome Antofilita, eu posso me casar e mudar meu nome pra Vanessa Antofilita. Boas idéias estão surgindo hoje. Se você não sabe o meu
sobrenome, o problema é todo seu. Os avestruzes carregam uma
correntinha de chumbo, com a identificação em letras
douradas, e, raios, acho q a minha pata tem até ventosas. Mas
não quero assustar ninguém. Ontem alguém estava divagando gravemente sobre o papel do jornal, e eu passei horas pensando sobre o papel do papel. Tanto que eu abri os supracitados bloquinhos de folha sulfite branca e fiquei examinando minuciosamente a composição, as partículas, as moléculas e o diabo. Definitivamente eu acho que vou dormir. Antes, você devia se orgulhar de manter correspondência com alguém tão aplicado como eu. Ou melhor, manter um monólogo. Mas eu não me importo. Contanto que você não reclame e leia tudo obedientemente, e grife as partes mais importantes e sublinhe os tópicos relevantes ao conjunto da obra. E pule as consoantes átonas de cada frase e perceba que há mensagens subliminares na minha carta, se você pular os As e os Es e os Ds de dois em dois, vai encontrar uma frase tipo assim: "As armas e os barões assinalados que da occidental praia lusitana", o que realmente não faz sentido algum mas faz de mim uma gênia. E, na condição de gênia, estou entediada. Portanto (fiquei tentando imaginar a que parágrafo, a que frase, a que mundo se ligava esse "Portanto"...), se alguma coisa tiver que ser resolvida quanto à pauta, resolvê-la-ei (ou resolvê-la-emos) em algum dia antes da sua aula, antes ou depois do Grande Horário do Fluxo do Metrô, que me impede de correr livremente como avestruz que estou me transformando. Então, estou indo. Agradeça ao povo de Amsterdã. (Experimente dizer essa pequena frase "Obrigada, povo de Amsterdã", ou da Antuérpia, ou de qualquer parte, em público, depois de ser agraciado com uma nota boa ou coisa parecida. As pessoas vão ficar com muito medo de você e vão até te respeitar, quem sabe. Ou vão ligar pros homenzinhos de branco que trarão a camisa alva cheia de presilhas e coisas pra prender, e você vai de novo praquele lugar boniiiito, cheio de gente legal, e vai comer torradas assépticas e geléia de mocotó. Assépticas. Viu como o meu vocabulário anda melhorando?) Eu acho que vou me casar com o Richard Dreyfuss soh pra poder usar o sobrenome dele. O que você acha? Ou eu podia me casar com o Ricardo Meditsch, ou com o Mendeleyev, e morrer de desgosto pro resto da vida. Eu podia me casar com alguém q tivesse o sobrenome Vanessa, tipo Vuldinamiro Mascarenhas Vanessa, aí eu ia mudar meu nome pra Vanessa Vanessa e ia assinar ao quadrado. Gostaria de sua opinião também neste assunto, para eu iniciar as minha cruzada por um pretendente desse porte. Ou: eu podia me casar com o rei da Holanda e saudar o povo com "Obrigada, povo de Amsterdã!". O que seria menos insano do que saudar sem propósito algum, eu creio. O que você acha sobre isso? Gostaria de ser o meu conselheiro nas decisões e empreendimentos excusos da minha carreira meteórica? Você acha q se eu me disfarçasse de bólido incandescente, eu seria mais ou menos respeitada do que sou hoje? Ontem eu sonhei com a estátua do Grande Boneco de Marshmellow, do filme dos Ghostbusters, e foi definitivamente um dos melhores sonhos da minha vida. Esse e aquele que o bando de Chapolins enfurecidos tentam invadir a minha casa, sem dó. Você está me acompanhando? O que acha que significam esses sonhos? Você acha q eu devo ir dormir como uma pessoa normal ou apenas virar pro lado e esperar o Grande Boneco de Marshmellow chegar? Aguardo respostas para todos os meus questionamentos e angústias. Que os pêlos dos seus pés
jamais caiam! (são os votos de JRR Tolkien e família) ps: Tem uma lagartixa aqui perto, e
ela me olha de um jeito estranho
:: ASSIM DISSE BP... ::
:: NÃO EXISTEM::
:: LAMENTÁVEL :: >>> www.damnzine.hpg.com.br – quem gosta de sites profundos e esteticamente decentes, deve fugir desesperadamente desta preciosidade do mundo moderno. Feito em apenas 1 dia, é ideal para os céticos que não acreditam que possa existir sites com apenas 1 (uma) figura. >>> www.corta.hpg.com.br - Nego qualquer envolvimento com este aqui. Mas é útil, na medida do possível.
"Se você precisasse cortar um cadáver, por que parte começaria?" (questão proposta por A. Hitchock, aquele das bochechas). >> "Pelos dedinhos, porque eu gosto da Eliana. Mas se eu estivesse com fome procuraria um músculo, sei lá, ou um fígado, e se eu estivesse com medo eu tirava os olhos, o nariz, essas coisas" (Venância, 2 anos, SP) >> "Pela barriga, porque é o lugar que tem menos osso. Daí depois eu só teria que amolar o serrote, oras..." (Ricardo Monier, SP) >> "Pelas orelhas, porque são mais fofas." (Sérgio Praça, SP, que se negou a explicar sua frase) >> "Pelos braços, para ele não poder mais me agarrar se ainda estivesse vivo. Ou morto-vivo. Enfim." (Mack) >> "Pela cabeça, pra não ter mais que olhar pra cara dele" (Cidadão desconhecido) >> "Pelas axilas" (André Deak, que depois olhou pra trás e saiu correndo) A pergunta da próxima edição é: "Se você pudesse ser um legume, qual você escolheria?" Mandem suas respostas pra vmbarbara@yahoo.com.
??? Por que diabos os kamikazes usam capacetes? (Nononon, São José dos Perdões) - Para deixar as orelhas quentinhas ??? Por que as lojas 24 horas têm portas? (Dudley Moore, Long Island) - Para economizar na construção
de janelas
:: EXPEDIENTE ::
* ... (que vem logo após a hora em que nada faz sentido e antes daquela em que tudo faz sentido) - Stephanie> ## Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque (se deu mal) estava na lista de pessoas pitorescas do catálogo de endereço dos Illuminati. Caso não queira voltar a receber esse monte de lixo, mande um e-mail para vmbarbara@yahoo.com, e escreva na linha de assunto: "Mamãe não me perca na neblina". Se quiser que mais vítimas recebam o Zine, também escreva para esse e-mail mandando o endereço dos condenados e o número e senha de suas contas bancárias. ## !!DAMN!! Zine —o zine das coisas que eram, das coisas que são o que são, das que não são o que não são e das que poderiam vir a ser o que não foram. Parceiro do tablóide norte-americano "O Sol da Meia Noite", mas não conte pra ninguém e finja que não reparou no homem-rã mascarado descendo a parede de seu prédio, grudado no vidro do vizinho.
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2005
Vanessa Barbara |