A Hortaliça

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Trocadilhos tolos e conduta absurda
Edição #034, de 15 de setembro de 2002.
"tudo o que vem da terra sabe a lesma"
Aos domingos, sempre arroz de forno.

hortalica@gmail.com
Não somos tímidos. Somos contagiosos.

 

"Mesmo morto continuarei dando meu testemunho de morto.
Esta chuva imóvel serei eu que estarei cuspindo"
(Campos de Carvalho)

 

EDITORIAL ou ARROZ DE FORNO
 

Aos domingos, sempre arroz de forno. Garotas com suas saias rodadas e fitas roxas no cabelo, cachos escovados e sorrisos de loucos; bandejas decoradas com bolinhos e repolho; joelhos juntos e pernas cruzadas, guardanapos no colo, panelas quentes e luvas de amianto; senhoras piscando e dando pontapés nas crianças; pés descalços tocando as pernas da mesa e as pernas alheias; tia Hélice tocando piano, os estofados sempre os mesmos e os cinzeiros escuros em forma de folha que tanto horror sempre causam; os armários e mensagens de natal iguais como todos os domingos, tardes de 1917; os tapetes e o cãozinho antigo, a mesa cheia de doces e a senhoras e óculos com correntinhas a falar sobre a violência e o supermercado, blusinhas de seda e crianças pequenas, sempre pequenas a crescer e a nascer novamente; o arroz de forno sendo escavado com a ordem sistemática de uma equação ilógica; a luz tão fraquinha iluminando os perfis das pessoas que suportam o fardo de viver um domingo, em torno daquele cheiro terrível de desinfetante floral e vasos antigos: a família, os avós, as estátuas de sempre, o vazio constante e o horror, o horror.


:: VOCÊS MATARAM NOSSOS ÍNDIOS. ::
a arte wagneriana de responder em duas palavras.

Morticia: A Vandinha está naquela idade em que as garotas não pensam em outra coisa.

Pessoa: Garotos?

Vandinha: Homicídio.


:: A LUA VEM DA ÁSIA ::
por Campos de Carvalho

Se eu gritasse é possível que a chuva continuasse caindo, mas o silêncio pelo menos deixaria de existir dentro do meu quarto e dentro dos quartos vizinhos, e a chuva já não teria a marcá-la o compasso unânime do sono de todos os imbecis da terra. (...)

Agora que já olhei a chuva mais uma vez, e que o silêncio persiste dentro deste hotel mal-assombrado (mudar-me-ei amanhã) -- o que me resta fazer é não fazer nada, como sempre, e esperar que as horas escoem lentamente e que o meu corpo durma antes de mim, ao peso do cansaço e da mais absoluta monotonia. Deitar-me-ei como um faquir sobre os espinhos do meu leito, e fingirei de morto por algum tempo, só respirando e deixando que me bata o coração, por via das dúvidas. No escuro a noite é completamente escura, como o podem atestar todos os insones da terra, e o jeito que resta é a gente esperar que, mesmo com chuva, a alvorada volte a raiar no vidro da janela, e com ela de novo as esperanças e as idéias felizes, que são sempre as mesmas sempre, apesar de todas as decepções e talvez por isso mesmo.


:: SOMOS CONTAGIOSOS ::

Gomez: Crianças, por que vocês odeiam o bebê?
Feioso: Não odiamos o bebê. Apenas queremos brincar com ele.
Vandinha: Especialmente com a cabeça.


:: PEQUENO MANUAL DE SUBVERSÃO COTIDIANA ::
por Marcelo Träsel, publicado na Fraude

Semear o caos em uma sociedade como a nossa, planejada para funcionar como um relógio, não é nada difícil. Um simples grão de areia numa engrenagem, se não acaba com a máquina inteira, ao menos faz com que tenham de chamar o técnico. Seja para minar os pilares do capitalismo, seja por simples diversão, aqui vão algumas idéias de como atrapalhar o bom andamento da ordem e do progresso.

Pichações: Embora uma parte considerável do povo brasileiro não consiga ler mais do que o próprio nome, mensagens em muros ainda podem tocar um ou outro coração que só precise daquele empurrãozinho para cair na real. Infelizmente, o método tem sido desacreditado por desocupados maconheiros, que só conseguem escrever o próprio nome (ou apelido). As mensagens mais eficientes são as engraçadas, sarcásticas, irônicas ou cruéis.

Muros e banheiros são muito óbvios, você pode fazer melhor do que isso usando a criatividade. Ande sempre com um pincel atômico no bolso, em caso de inspiração repentina. Se depredar propriedade pública ou alheia faz você se sentir mal, use giz. Isto até sugere umas questões interessantes a respeito da efemeridade da arte. Um dos meus alvos favoritos para pichações são as notas de 1 e 5 Reais, em que escrevo frases contra consumismo.

Não-cooperação: As pessoas têm a mania de esperar de você que coopere no bom andamento das atividades diárias. Mas, sem infringir a lei, pode-se criar ruído no cotidiano. Alguns funcionários sonolentos talvez até agradeçam pela quebra na monotonia. Como na procura por locais inusitados para pichar, aqui vale também a criatividade.

Balconistas do McDonald's são tão fáceis de constranger que quase não tem graça. Quase. Basta pedir algo que não seja um McMenu, para vê-los como baratas tontas. Vão ficar olhando como se você fosse um elefante cor-de-rosa, se pedir só um McFish e um café - e o McFish sem molho! Um requinte de crueldade seria ficar discutindo se pode trocar a Coca-Cola por um sorvete, ou as fritas grande por dois Mcnuggets.

Quando for ao banco no horário de pico, com calças cargo e jaqueta, espalhe objetos metálicos por todos os bolsos e coloque um por um na caixinha do segurança. Nunca utilize os serviços automáticos. Além de colaborar para a criação de empregos, você ainda pode engrossar a fila no caixa.

No ônibus, dê sempre a nota mais alta que tiver, ou pague a passagem com moedas de um centavo. Enfim, deu para pegar o espírito.

Desinformação: Ressaltar a importância social da informação na aurora do terceiro milênio é absolutamente desnecessário. Necessário é avacalhar com ela. Modificar ou subtrair placas de trânsito gera situações divertidas.

Só cuide para não fazer algo que possa resultar em feridos. As vítimas certamente vão se lembrar de poupar emissões de gás carbônico, da próxima vez. Setas de direcionamento em parques e museus, avisos de "proibido...", as plaquinhas de sexo na entrada dos banheiros, tudo isso dá caldo para um caos em pequena escala. Forjar notificações ou memorandos da diretoria de sua universidade ou empresa, ou ainda distribuir panfletos com os maiores absurdos ridículos e verdade dolorosas é pura alegria. Sempre, SEMPRE dê informações erradas para jornalistas.

Demência: Faça de conta que é um imbecil. Escreva cartas e mais cartas para os jornais, reclamando de não importa o quê. Sentado de frente para aquela senhora no trem, fique olhando fixamente em seus olhos, até ela começar a chorar. Peide e arrote em público. Chame os amigos, alugue uma cadeira de rodas e dê um passeio no Shopping, fingindo ser débil mental. Aproveite para constranger a burguesia e, quando entrar em qualquer loja, agarre-se a um produto e não queira largar, por mais que seus amigos argumentem não ser seu. As vendedoras vão ficar morrendo de pena. Outras opções interessantes são passar-se por cego, surdo ou mudo. Vá ao centro da cidade com uma bíblia embaixo do braço e pregue o sermão mais nonsense na galera.

Sabotagem em geral: Aqui a zona já fica um pouco cinzenta entre a rebeldia saudável e a prevaricação inconsciente. Por melhores que sejam os objetivos, machucar pessoas ou causar danos materiais a quem não merece deslegitima qualquer luta. O melhor jeito de sabotar é não destruir nada irreparavelmente e dar preferência a intervenções que gerem risos ou façam a vítima refletir sobre o quanto a vida é absurda.

Um dos melhores exemplos de sabotagem neste estilo é o dos sujeitos americanos que roubaram um anão de jardim na Califórnia e o levaram numa viagem de carro até Nova Iorque, sempre enviando fotos do desaparecido em pontos turísticos para a casa de seu dono.

Estragar máquinas dispensadoras de refrigerante, além de um protesto contra a impessoalidade da economia de mercado, deixa os ex-usuários mais saudáveis. No supermercado, troque as etiquetas de preço dos produtos por outros mais baratos. Na saída, esvazie os pneus daquele BMW.

Troque os fundos de tela dos computadores da sua empresa por palavras de ordem ou fotos nojentas. Vá à locadora com um filme pornô no bolso e troque-o por A Incrível Fábrica de Chocolate. Compre um gravador de CDs e nunca mais encha os cofres das gravadoras. Misture ecstasy no café de seu chefe. Sei lá, pense um pouco sozinho, só para variar.

:: PROTOCOLO VEGETAL ::
por Manoel de Barros

Palavras de Lúcio Ayres Fragoso, professor de Física em São Paulo, compadre do preso, a título de esclarecimento à Polícia.
para começar ninguém jamais garantiu que coisa era aquele bicho
o mal traçado?
o titã dorminhoco?
o irmão desaparecido de Chopin?
o homem de borracha?
conheci-o
em seu escritório
jogando bilboquê
era sempre arrastado para lugares com musgo.
por meio de ser árvore podia adivinhar se a terra era fêmea e dava sapos
via o mundo como a pequena rã vê a manhã de dentro de uma pedra
pela delicadeza de muitos atos ter se agachado nas ruas para apanhar detritos -- compreende o restolho
a esse tempo lê Marx
tem mil anos
tudo que vem da terra para ele sabe a lesma
é descoberto dentro de um beco
abraçado no esterco
que vão dinamitar
antes de preso fora atacado por uma depressão mui peculiar que o fizera invadir-se pela indigência: uma depressão tão grande dentro dele como a ervinha rasteira que num terreno baldio cresce por cima de canecos enferrujados pedaços de porta arcos de barril...
era de profissão encantador de palavras
ninguém o reconheceria mais
resíduos de Raskolnikov encardiam sua boca de Pierrô muito comida de tristeza
e sujo.

:: AMANHECER EM COPACABANA ::
Antonio Maria

Amanhece, em Copacabana, e estamos todos cansados. Todos, no mesmo banco de praia. Todos, que somos eu, meus olhos, meus braços e minhas pernas, meu pensamento e minha vontade. O coração, se não está vazio, sobra lugar que não acaba mais. Ah, que coisa insuportável, a lucidez das pessoas fatigadas! Mil vezes a obscuridade dos que amam, dos que cegam de ciúmes, dos que sentem falta e saudade. Nós somos um imenso vácuo, que o pensamento ocupa friamente. E, isso, no amanhecer de Copacabana.

As pessoas e as coisas começaram a movimentar-se. A moça feia, com o seu caniche de olhos ternos. O homem de roupão, que desce à praia e faz ginástica sueca. O bêbado, que vem caminhando com um esparadrapo na boca e a lapela suja de sangue. Automóveis, com oficiais do Exército Nacional, a caminho da batalha. Ônibus colegiais e, lá dentro, os nossos filhos, com cara de sono. O banhista gordo, de pernas brancas, vai ao mar cedinho, porque as pessoas da manhã são poucas e enfrentam, sem receios, o seu aspecto. Um automóvel deixou uma mulher à porta do prédio de apartamentos — pelo estado em que se encontra a maquillage, andou fazendo o que não devia. Os ruídos crescem e se misturam. Bondes, lotações, lambretas e, do mar, que se vinha escutando algum rumor, não se tem o que ouvir.

Enerva-me o tom de ironia que não consigo evitar nestas anotações. Em vezes outras, quando aqui estive, no lugar destas censuras, achei sempre que tudo estava lindo e não descobri os receios do homem gordo, que vem à praia de manhã cedinho. E Copacabana é a mesma. Nós é que estamos burríssimos aqui, neste banco de praia. Nós é que estamos velhíssimos, à beira-mar. Nós é que estamos sem ressonância para a beleza e perdemos o poder de descobrir o lado interessante de cada banalidade. Um homem assim não tem direito ao amanhecer de sua cidade. Deve levantar-se do banco de praia e ir-se embora, para não entediar os outros, com a descabida má-vontade dos seus ares.

:: ANTI-SALMO POR UM DESHERÓI ::
por Manoel de Barros
a boca a pedra o levara a cacto
a praça o relvava de passarinhos cantando
ele tinha o dom da árvore
ele assumia o peixe em sua solidão
Seu amor o levara a pedra
estava estropiado de árvore e sol
estropiado até a pedra
até o canto
estropiado no seu melhor azul
procurava-se na palavra rebotalho
por cima do lábio era só lenda
comia o ínfimo com farinha
o chão viçava no olho
cada pássaro governava sua árvore
Deus ordenara nele a borra
o rosto e os livros com erva
andorinhas enferrujadas.

:: DICIONÁRIO DAS IDÉIAS FEITAS ::
por Gustave Flaubert, em Bouvard e Péchuchet

Jansenismo -- Não se sabe o que é, mas é chique falar a seu respeito.
Jardins ingleses -- Mais simples do que os jardins franceses.
Jujuba -- Não se sabe de que é feita.
Jóquei-Clube -- Os seus membros são todos jovens folgazões e ricos. Dizendo-se simplesmente "o Jóquei", é muito chique e faz crer que somos sócios.


:: NÃO SEI NADAR ::
a sublime arte de desdenhar com apenas duas palavras.

(Feioso treina arco-e-flecha na colônia de férias Chipewa e mata uma sublime águia americana)
Mulher: Oh! Era uma águia americana!
Homem: Elas não estavam extintas?
Vandinha: Agora estão.

:: DORMIR A ESSE PONTO ::
Campos de Carvalho

Dormir a esse ponto, sem ao menos um olho à espreita, como se o teto ou o céu não pudesse desabar a qualquer instante e não houvesse em toda a extensão da terra uma só vítima do câncer ou da injustiça, um só faminto ou um único suicida, nenhuma fábrica de canhões ou nenhuma cadeira elétrica -- convenhamos que é ter mesmo vocação para defunto e nem ter vindo ao mundo para outra coisa, por mais que a Constituição diga o contrário, e o rádio, e a vitrola, e a bula do papa e a dos remédios -- e sobretudo cada um a si mesmo diante do espelho, vestido para o domingo.

:: DICIONÁRIO DAS IDÉIAS FEITAS ::
por Gustave Flaubert, em Bouvard e Péchuchet

Lago -- Ter uma mulher ao lado quando se passeia por ele.
Laconismo -- Língua que não se fala mais.
Latim -- Língua natural do homem. -- Estraga a caligrafia. -- Serve unicamente para ler as inscrições das fontes públicas. -- Desconfiar das citações latinas, pois ocultam sempre algo de licencioso.
Leão -- Animal generoso. -- Brinca sempre com uma bola.
Lince -- Animal célebre pelo seu olho.
Louras -- Mais ardentes do que as morenas (vide Morenas).
Morenas -- São mais ardentes do que as louras (vide Louras).


:: CORRESPONDÊNCIA ::
e-mails reais, bisonhos e suspeitíssimos, interceptados por um inocente nenúfar.

Olá. Eu sou a Hilde, tenho 4 anos, durmo demais e acabo de descobrir, com grande horror, que o meu dedo indicador esquerdo é bem maior que o direito, e não sei o que fazer. Talvez serrar um pouco da ponta. Um momento.

(...)

Meu signo é Libra com ascendente em capricórnio, o que quer dizer que eu tenho fortes tendências homicidas, sou alérgica a tortinhas de queijo, fui um lustre na encarnação passada e -- definitivamente -- possuo um indicador muito, muito maior que o outro, em crescimento até 2017. No mínimo.

Tenho alguns olhos (o suficiente), um banheiro azul, um dicionário de alemão (que serve pra colorir a mesa), uma estante cheia de livros organizados em degradê, uma insistente coceira na nuca, nada pra fazer aos domingos, um gravador portátil que não funciona, um irmão (que também não funciona), uma pia de acrílico e mais algumas coisas não muito interessantes. Eu tenho tantos anos de vida quanto dedos (dos pés e das mãos, o que não deixa de ser deprimente), tenho uma compulsão medonha por parênteses, vírgulas e frases que me faz perder o sentido das coisas lá no meio do pensamento, por isso vamos colocar um ponto aqui. Perfeito.

Todas as minhas maldições, desde a enfadonha tarde do dia em que nasci, vêm do jornalismo e de suas derivações (como as doenças, os terremotos, as grandes pestes e as explosões nucleares). Mas já estou providenciando o fim desse martírio (já que fui tão longe, não há que desistir agora, sem ao menos fazer alguns estragos). Faço também enormes esculturas de legumes, como forma terapêutica de não liberar toda aquela minha capacidade homicida prevista no meu mapa astral. Sei tudo sobre astrologia e mundos paralelos (você sabia que existem outros universos depois da morte, onde as pessoas vivem exatamente como nós e onde elas movem máquinas evolutivas e têm as mesmas profissões que tiveram em vida e... nunca entendi por que as pessoas morrem, então), conhecimento que adquiri efetuando trabalhos de digitação para um vizinho bêbado, que toca a campainha às 4 da manhã e pergunta se pode construir uma pirâmide de oito pontas na minha calçada.

Claro, contanto que não acorde as visitas.

Quanto ao que leio e ao que vejo - não vejo muitas coisas, prefiro me manter com os olhos fechados a maior parte do tempo, mas quando enxergo, vejo um mundo tão estranho que decido dormir de novo. Leio muitas coisas (além dos manuscritos que o vizinho doido me dá), mas entre as preferências estão as Seleções do Readers Digest. Claro.

Gosto de pizza, suco e meias brancas, e também de terminar emails como convém, ou seja, com um sonoro e circunspecto ponto final.


:: NÃO IREI. ::
sim, é uma arte.

Garoto: Você acha que, algum dia, se casará e terá filhos?
Vandinha: Não.
Garoto: E se conhecesse o homem de sua vida, que a adorasse e venerasse, que fizesse tudo por você, que fosse seu escravo? Então o que faria?
Vandinha: Teria pena dele.

:: VOCÊ PERGUNTA, NÓS NÃO DAMOS A MÍNIMA ::
Questionamentos sadios de uma sociedade doente.

??? No caso de uma guerra nuclear, o eletromagnetismo produzido pelas bombas poderia danificar minhas fitas de vídeo? E meus disquetes? (Demência, Belo Horizonte - MG)

Não, mas em todo caso é sempre bom armazená-los num local hermético, subterrâneo e repleto de provisões de inverno. Talvez você tenha problemas com o liquidificador, mas não gosto de parecer alarmista.


EXPEDIENTE

Este Zine é impessoal, objetivo e imparcial. Computadores meticulosamente programados desenvolvem os textos, se emocionam, revisam e publicam a visão neutra e apolítica da coisa toda. O único responsável é a instituição "Da Redação".


... Para ser lido na maldita hora da noite em que tudo é engraçado (que vem logo após a hora em que nada faz sentido e antes daquela em que tudo faz sentido)
- Stephanie A.

## Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque (oinc!) estava na lista de indivíduos manquitolas da lista negra dos Illuminati. Ou então, ou então! Você está recebendo o !!DAMN!! Zine porque foi um dos 139 mil nomes escolhidos entre todos os possíveis do mundo, sorteados em uma grande urna chinesa. Você e Li-Ching-Yang. Caso não queira voltar a receber este monte de bobagens, mande um e-mail para vmbarbara@brfree.com.br, e escreva na linha de assunto: "Me deixem em paz, pelas barbas de Tutatis!". Se quiser que mais vítimas recebam o Zine, também escreva para esse e-mail mandando o endereço dos condenados e o número e senha de suas contas bancárias. Se quiser usar cartão de crédito, basta fornecer o número. (Be afraid. Be VERY afraid.)

"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que ri cuidado para que não babe".


God is coming.
Look busy.



2005 Vanessa Barbara