À tarde nós abrimos
a tampa da fazendinha e os catalupos já se amontoavam em torno
do amendoim. Vestimos nossas luvas térmicas e começamos
a apalpar-lhes o umbigo, a fim de separar os saudáveis dos
que deveriam ficar em observação ao lado das nossas
camas, durante todo o final de semana (no mínimo). A pobre
Chachee, desengonçada e grudenta, deixou escapar um dos gordinhos
e automaticamente todos os outros se puseram a chorar, enquanto eu
e Cramps segurávamos os recém-nascidos pela coleira
e botávamos Bunny - o Cão Calado -à caça
do catalupo roliço que fugira pela porta afora, em direção
ao moinho.
Chachee ninava uma meia dúzia e se punha a acalmar a patota,
com histórias antigas de esguios catalupozinhos bravos que
foram para o Oeste e cresceram junto à Nação,
observando o domingo e seguindo as tábuas da lei, então
nós tentávamos emendar as palavras e as histórias
com uma porção de conjunções e pronomes
e orações adversativas para que eles serenassem e parassem
de chorar, por misericórdia. Os grilos já se faziam
ouvir e muitos dos catalupos cochilavam ou fremiam, mesmo antes da
hora da comida, quando Bunny voltou trazendo o fujão pela pele
do pescoço. Se é que eles têm pescoço.
Tudo sob controle, começamos a separar os pedaços de
pudim nas tigelas coloridas. Foi só abrirmos a embalagem e
o cheiro se espalhou pelo ar como uma barata embriagada por Rodasol;
os catalupos se alvoroçaram em uníssono e começaram
a priprinar como malucos. Sempre assim. A Chachee, educadíssima,
pediu para que fizessem uma filinha e começou a inspecionar
os umbigos e a aparência dos menorzinhos, para ver se já
tinham lambido uns aos outros ou tomado banho para a refeição
vindoura. Crumps distribuiu primeiro para as fileiras da frente, que
devoraram ali mesmo os pudins de abóbora e leite condensado,
chacoalhando-se e sapateando no lugar, para fazer a digestão
em seguida. A Chachee recolhia as cumbucas vazias e apenas sorria,
satisfeita com todo aquele êxito de seu outrora latente instinto
maternal. Para os que não sabem, ela é uma simples foca
de goma de mascar que veio com o Mayflower, para ajudar-nos no trabalho
burocrático e no cultivo da fazenda de catalupos órfãos.
Mas vamos ao ponto.
O caracol da fila já se desfazia aos poucos quando, de súbito,
percebeu-se um burburinho entre os catalupos brigões lá
do fundo, e eu fui olhar o que estava havendo. Foi assim: um catalupo
ruivo, extremamente irritado, arrumava confusão com os magrelinhos
da 3a ninhada, dizendo que encontrara a mãe de um deles embrulhada
em papel de seda, numa barraca de legumes da Feira mais próxima.
Foi só ele dizer isso que a confusão se armou. Tufos
de pêlos voaram pelos ares e eu espirrei, de modo que não
pude evitar o desenlace terrível da situação.
Jonjo, um dos mais velhos da horta, conferiu uma bruta testada no
catalupo ruivo, que acabou partindo-se ao meio -- os pequenos ficaram
ali, olhando assustados para o filete de polpa que escorria na terra,
solene. Em silêncio. Instalou-se o pânico, em torno da
fruta esfacelada no centro magnético do campo. Dezenas de órfãos
maiores trombavam-se nas beiras do pasto, em piparotes infinitos de
um zigue-zague ensurdecedor. Os pequenitos soluçavam com as
patas no umbigo, aterrorizados, grudando-se à cerca e chamando
(ou melhor: gritando) por suas mães mortas, em algum ponto
entre a colheita de inverno e o Teste de Resistência Iso 9002.
Jonjo e mais um ou outro amigo saquearam as cumbucas de pudim e atropelaram-se,
em disparada, rompendo a cerca e capotando em direção
ao moinho, sob os olhares atônitos dos funcionáros, pobrezinhos,
que não entendiam mais nada. A gritaria era insuportável
- quanto mais transbordava polpa de dentro do corpinho inerte, mais
a orquestra ficava aguda e os berros, terríveis. Abóboras
eram pisoteadas, começava a chover. Um catalupinho recém-nascido
cavava o chão com as unhas, tentando se matar de tanto comer
terra. Dezessete outros grudaram-se à pele da Chachee e tentavam
se aninhar na pobrezinha, que não sabia o que fazer e tentava
descolar aquelas coisinhas vivas de seu chiclete.
De longe, um certo catalupo gordinho observava, calado, a chuva que
varria o gosmento da polpa.
:: ELEGIA ::
por Mario Quintana
Há coisas que a gente não sabe nunca o que fazer com
elas...
Uma velhinha sozinha numa gare.
Um sapato preto perdido do seu par: símbolo
Da mais absoluta viuvez.
As recordações das solteironas.
Essas gravatas
De um mau gosto tocante
Que nos dão as velhas tias.
As velhas tias.
Um novo parente que se descobre.
A palavra "quincúncio".
Esses pensamentos que nos chegam de súbito nas ocasiões
mais impróprias.
Um cachorro anônimo que resolve ir seguindo a gente pela madrugada
da cidade deserta.
Este poema, este pobre poema
Sem fim...
:: OLHOS ::
por Julio Cortázar (tava demorando)
Os olhos são as únicas mãos que vão ficando
a alguns de nós.
:: O UNIVERSO VISTO PELO BURACO
DA FECHADURA ::
por Eduardo Galeano
Valéria pede ao pai que vire
o disco. Explica que Arroz con Leche vive do outro lado.
Diego conversa com seu companheiro
de dentro, que se chama Andrés e vem a ser seu esqueleto.
Fanny conta que hoje se afogou com
sua amiga no rio da escola, que é muito fundo, e que lá
embaixo era tudo transparente e as duas viam os pés da gente
grande, as solas dos sapatos.
Cláudio agarra um dedo de Alejandra, e diz: "Me empresta
o dedo", e depois afunda o dedo na caneca de leite que está
em cima do fogão, porque quer saber se o leite está
quente demais.
Do quarto, Florência me chama
e pergunta se sou capaz de tocar o nariz com o lábio de baixo.
Sebastián me propõe escapar
em um avião, mas me adverte que é preciso tomar cuidado
com os sefámoros e as hécile.
Na varanda, Mariana empurra a parede,
que é para ajudar a terra a girar.
Patrício segura um fósforo
aceso entre os dedos e seu filho sopra e sopra a chaminha que não
se apagará jamais.
:: COCEIRAS ::
por Paulo Jimenez, André Deak e Viktor Blazek
Talvez fosse melhor não mudar
nada. Continuariam suas vidas. Tinham suas rotinas, podiam comprar
seus livros, seus CD's ou seus filmes. Podiam sair com suas pequenas.
E além de tudo continuariam amigos. Aliás, eram os melhores
nisso - em ser amigos, vocês sabem.
Mas, que diabos!, eles tinham idéias geniais o tempo todo!
O livro de contos, os curta-metragens, os portfolios. Qualquer coisa
nas mãos deles daria certo. Exceto, talvez, um bar.
- Temos que fazer alguma coisa juntos.
Isso era verdade.
- Vamos investir nessa idéia, hein!
No caminho de volta, o assunto já era outro. Voltaram a falar
de mulheres, um ou outro auto-deboche, essas coisas. Mas a idéia
ainda os petulava - como aquela coceirinha na ponta do nariz bem quando
estamos com as mãos ocupadas.
- "Não passará de só mais uma elucubração".
Era, talvez, o mais inseguro dos três. Ouvia as idéias,
dava as suas, aguardava, ponderava. Acreditava realmente no poder
do grupo. Mas, tendo o exemplo das tantas outras idéias que
não saíram do estágio platônico, limitava
seus comentários a uma ou outra palavra de estímulo.
Não queria que sua temeridade fosse a pilha fraca enquanto
os outros dois bebiam e vislumbravam.
Era também o único dos três que não bebia.
Talvez esse fosse o problema. Como estava sóbrio, achou que
sequer seus devaneios merecessem maior atenção.
- Uns 15 mil no mínimo... ...em um ano e meio, 150 mil...
Todos, secretamente, já haviam feito suas contas:
- "Nossa! Dá pra fazer uma boa viagem pelo mundo, voltar
e morar sozinho... ou casar..."
- "Humm... Vou poder montar meu home teather e vai sobrar pra
investir no meu futuro..."
- "Putz! São uns 10.000 CDs! Talvez 15.000, se eu comprar
usados..."
Pensando bem, deveriam tentar seriamente. No fim, até o zapatista
se convenceria de que é possível ser feliz mesmo com
um CGC ou CNPJ - e mesmo sem saber a diferença entre ambos.
Eles fariam aquilo, então.
- Não como atividade principal, mas como um quebra-galho. Só
pelo prazer de trabalharmos juntos...
- ...Só para sairmos de nossos atuais empregos...
- Fechado, então.
Estavam agora cada um em sua casa, terminando o domingo, preparando-se
para uma nova semana de rotinas. As pautas do dia misturavam-se às
preocupações corriqueiras.
E com a passagem daquela nova semana a idéia já se esvaía
de suas mentes.
- Não podemos deixar morrer a idéia!...
O segundo encontro demorou bem mais do que uma semana. E quando aconteceu,
a pauta já era outra.
Alguém lembrou:
- Tinha aquela idéia que ia dar super certo, não tinha?...
Tinha. Mas ninguém lembrava direito qual era.
Não importava. Naquele segundo encontro tiveram mais três
idéias. Uma melhor que a outra.
:: INUNDAÇÕES ::
declaração do Bispo de Metz, coletada pelo Flaubert
As inundações do Rio
Loire são devidas aos excessos da imprensa e à inobservância
do domingo.
:: POR QUE O DR DANIEL LYSONS
SEGURA UM CAULE NA MÃO? ::
por Julio Cortázar, em 62: Modelo Para Armar.
Por que o doutor Daniel Lysons, D.C.L.,
M.D., segurava na mão um caule de hermodactylus tuberosis?
A primeira coisa que fez Marrast (por algum motivo era francês)
foi explorar a superfície do retrato (pintado numa época
ruim por Tilly Kettle) à procura de uma explicação
científica, críptica ou simplesmente maçônica;
depois consultou o catálogo do Courtauld Institute, que se
limitava insidiosamente a informar o nome da planta. Era possível
que na época do doutor Lysons as virtudes emolientes ou revulsivas
do hermodactylus tuberosis justificassem sua presença nas mãos
de um D.C.L., M.D., mas não se podia ter certeza e isto, à
falta de coisa melhor no momento, preocupava a Marrast.
Outra coisa que o preocupava naqueles
dias era um anúncio do New Statesman que miscroscópica
e enquadradamente dizia: Are you sensitive, intelligent, anxious or
a little lonely? Neurotics Anonimous are a lively, mixed group who
believe that the individual is unique. Details s. a. e., Box 8662.
Marrast começara por meditar sobre o anúncio na penumbra
do quarto do Gresham Hotel; junto à janela semi-encostada para
não deixar entrar as horrendas silhuetas dos edifícios
da calçada oposta de Bedford Avenue e sobretudo o ruído
dos ônibus 52, 52A, 895 e 678, Nicole pintava aplicadamente
gnomos sobre papel canson e soprava de quando em quando os pinceizinhos.
-- É inútil -- dissera
Marrast depois de estudar o anúncio. -- Como eles eu me acho
sensível, ansioso e um tanto solitário, mas é
um fato que não sou inteligente, já que não consigo
compreender a relação entre essas características
e a notícia de que os Neuróticos Anônimos acreditam
na individualidade como algo único no gênero.
-- Oh -- disse Nicole, que não parecia ter prestado muita atenção.
-- Tell sustenta que muitos desses anúncios são em código.
-- Você acha que eu daria um bom neurótico anônimo?
-- Sim, Mar -- disse Nicole, sorrindo-lhe como de longe e pegando
a cor necessária para o capuz do segundo gnomo da esquerda.
Marrast titubeou um pouco entre soltar o jornal ou pedir os detalhes
oferecidos pelo anúncio, mas afinal decidiu que o problema
do caule de hermodactylus tuberosis era mais interessante e combinou
as duas coisas escrevendo para a caixa postal 8662 dizendo secamente
que os Neuróticos Anônimos seriam mais úteis à
sociedade e sobretudo a si mesmos se deixassem tranqüilos suas
individualidades únicas no gênero e em vez disso comparecessem
à segunda sala do (continuavam os detalhes) para tratar de
resolver o enigma do caule. Mandou a carta como anônima, coisa
que lhe parecia eminentemente lógica, embora Calac e Polanco
não deixassem de fazê-lo notar que seu sobrenome se colocava
muito além dos white cliffs of Dover para que os sensíveis
e ansiosos neuróticos lhe dessem importância.
(...)
Deixou passar quatro ou cinco dias,
e certa manhã voltou ao Courtauld Institute onde até
então o consideravam maluco porque ficava interminantemente
diante do retrato do doutor Daniel Lysons e quase não olhava
para o Te rerioa de Gauguin. Como quem não quer nada perguntou
ao menos cerimonioso dos guardas se a pintura de Tilly Kettle possuía
alguma importância que ele, pobre francês ignorante embora
escultor, ignorava. O guarda olhou-o com alguma surpresa e consentiu
em informar-lhe que, coisa estranha agora que estava pensando, naqueles
dias uma porção de pessoas se obstinava em estudar atentamente
o retrato, aliás sem resultados notáveis a julgar pelas
caras e pelos comentários. A mais insistente parecia ser uma
senhora que aparecera com um enorme tratado de botânica para
verificar a exatidão da atribuição vegetal, e
cujos grunhidos com a língua haviam sobressaltado vários
contempladores de outros quadros na sala.Os guardas se alarmavam com
esse inexplicável interesse por um quadro tão pouco
concorrido até então, e já haviam informado o
superintendente, notícia que provocou em Marrast um regozijo
mal disfarçado; por aqueles dias estava sendo esperado um inspetor
da direção dos museus e fazia-se a contabilidade discreta
dos visitantes. Marrast veio a tomar conhecimento, com perversa indiferença,
de que o retrato do doutor Lysons tivera mais público aquela
semana do que o Bar des Folies-Bergères, de Manet, que era
um pouco a Gioconda do Instituto. Já não tinha dúvida
de que os Neuróticos Anônimos se haviam sentido tocados
no mais vivo de sua sensibilidade, de sua inteligência, de sua
ansiedade e de sua (little) solidão, e que a enérgica
chicotada postal os estava arrancando à autocompaixão
demasiado tangível no anúncio para precipitá-los
numa atividade de cujos fins nenhum deles, a começar pelo instigador,
fazia a menor idéia.
:: O-QUE-FALA-ALTO-E-NÃO-DIZ-NADA::
de Dead Man, Jim Jarmusch
Fui levado para Toronto, depois para a Filadélfia, e depois
para Nova York. E, cada vez que chegava em outra cidade, de algum
jeito o homem branco tinha se mudado pra lá antes de mim. Todo
novo local tinha os mesmos homens brancos da anterior. Não
entendia como as pessoas podiam mudar tão rápido de
cidade.
:: TÁ ::
(Spinoza)
As coisas são boas porque gostamos
delas, e não gostamos delas porque são boas.
:: TEMA PARA UMA HISTÓRIA
::
por Daniil Kharms (1934), traduzido por V.
Um certo engenheiro decidiu construir
um enorme muro através de Petesburgo. Estudou como realizá-lo,
não dormiu durante noites a fio, cogitando-o. Gradualmente,
formou-se um grupo de engenheiros e foi elaborado um plano para a
construção do muro. Decidiu-se construi-lo durante a
noite, de fato, construir a coisa toda em uma noite, para que surgisse
como uma surpresa para todos. Trabalhadores são convocados.
A organização está em marcha. As autoridades
locais são tiradas de lado e finalmente chega a noite quando
este muro está para ser erguido. A construção
do muro é conhecida apenas por quatro homens. Os trabalhadores
e engenheiros recebem instruções exatas como a quem,
onde colocar e o que fazer. Graças ao cálculo exato,
eles conseguiram erguer o muro em uma só noite. No dia seguinte,
há uma consternação em Petersburgo. E o próprio
inventor do muro está abatido. A que uso este muro se presta,
ele mesmo não sabia.
:: PALAVRA DA SALVAÇÃO ::
... oremos
Seja quente ou seja frio, não
seja morno que eu te vomito.
:: IT'S LAUNDRY TIME! ::
por V., do Coletivo Mickey-Não-Morra
Só quando chove é que os catalupos botam os narizes
pra fora e tentam cheirar a terra. De perto. Nas épocas de
banho de esguicho, eles saem ao pátio em fila indiana e tentam
cheirar o asfalto; quase sempre ficam zangados e começam a
discursar.
Nunca tente interromper um catalupo no meio duma dissertação.
É o diabo: lá estão eles, debatendo entre si
durante horas inteiras, expondo dogmas completamente idiotas ou apenas
engrunholando ("brrooaarrhhggooaarrhh, brrrooaaghhsh"),
e, por mais que você esteja cansado, com os pés na neve
ou apenas impaciente, nunca levante a mão. Por favor. Nem se
o caso é questão de ordem, esqueça, arrume um
cantinho e durma. Espere terminar. Alguém se levanta, faz uma
intervenção no comício, e pronto: o pobre orador
catalúpico esquece o que estava dizendo, de maneira súbita,
aperta as mãozinhas, soluça e começa a chorar.
Quem já viu um catalupo chorando sabe do que estou falando.
De modo que o melhor a fazer é deixar um canteiro de begônias
ou violetas ou madressilvas sempre à mão, para quando
se usa o esguicho. Deixem que fiquem cutucando a terra molhada, deixem
que engrunholem à vontade e cuspam minhocas pela semana seguinte.
É menos arriscado.
:: AVISO NO CINEMARK ::
em algum lugar no Observatório da Imprensa
“Acesso aos cinemas terminantemente negado a usuários
de drogas que carreguem em seus currículos suspeitas de que
são loucos mansos, sujeitos a se fazerem apoteótica
e repentinamente loucos que matam (apud Veja) quando expostos a luzes
estrambóticas e a enredos sacanas e sangrentos. A freqüência
de elementos armados de metralhadoras está condicionada ao
porte de arma correspondente."
:: A SERIEDADE NOS VELÓRIOS ::
por Julio Cortázar
Quem nos resgatará da seriedade?
Em cada escola latinoamericana deveria haver uma grande foto de Buster
Keaton, e nas festas pátrias o diretor passaria filmes de Chaplin
e de Keaton para estimular os futuros cronópios, enquanto as
professoras recitariam "A Morsa e o Carpinteiro" ou pelo
menos algo de Guido y Spano; por exemplo, a versão em alemão
da Nenia, que começa:
Klage, klage, Urutaú,
In den Zweigen des Yatay.
War einmal ein Paraguay
Wo geboren Ich und du:
Klage, klage, Urutaú! (?!)
Se pudéssemos exilar a palavra
sério de nosso vocabulário, muitas coisas se
arregalariam", disse Man Ray. Leia aqui
o artigo completo deste senhor argentino, com direito a linkezinhos
a torto e a esquerdo.
... E também aproveite para
ler o poema Jabberwocky
(do Lewis Carroll), em latim. (Ora, deixe de tolices.)
:: CONTROLE DE NATALIDADE ::
colaboração do Zé.
Segunda-feira, 8:27.
Desesperado, o chefe olha para o relógio
e, já não acreditando que um funcionário chegaria
a tempo de lhe dar uma informação importante para uma
reunião que estava para começar, liga pro dito cujo:
- Alô! - atende uma vozinha de criança meio que em sussurro.
- Alô. Seu papai está?
- Tá... - ainda sussurrando.
- Posso falar com ele?
- Não.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
- E sua mamãe? Está aí?
- Tá.
- Ela pode falar comigo?
- Não. Ela tá ocupada.
- Tem mais alguém aí?
- Tem. - sussurra.
- Quem?
- O poliça.
Um pouco surpreso, o chefe continua...
- O que ele está fazendo aí?
- Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com
o bombelo...
Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta
assustado:
- Que barulho é esse?
- É o elicopito.
- Um helicóptero!!!?
- É. Ele tloce uma equipe de busca.
- MEU DEUS!!!! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AÍ!!? - o chefe
pergunta, já desesperado.
E a voz sussurra com um risinho safado:
- Eles tão me poculano.
:: POR QUE É QUE O SR.
CONTENTE TEM UMA FOLHA DE ESTANHO DENTRO DE SEU CHAPÉU? ::
finalmente, ó Senhor. Finalmente.
>>
http://zapatopi.net/afdb.html
>> Durante anos, o exclusivo Capacete Defletor de Papel Alumínio
auxiliou inúmeros indivíduos a escaparem de todos os
estragos do controle da mente. "Desde que comecei a usar meu
capacete, todos os meus instintos homicidas cessaram.. embora eu ainda
esteja incomodado com os ruídos e as cores..". Aprenda
no link como fazer um capacete caseiro de papel alumínio ou
estanho. "Descobri também que, além do capacete,
pode ser de grande valia usar seus sapatos no pé contrário
e entupir seus bolsos de lixo. Obrigado por espalhar a SALVAÇÃO."
:: LINKS ::
enlaces dispensáveis para criaturas amorfas.
>> http://svt.se/hogafflahage/hogafflaHage_site/Kor/hestekor.html
(em caso de emergência)
é um bom site, também,
para aprender o sonzinho da última criatura à direita
e ficar recitando por aí.
:: VOCÊ PERGUNTA, NÓS
NÃO DAMOS A MÍNIMA ::
Questionamentos sadios de uma sociedade doente.
??? ¿O canibalismo deveria ser
considerado como atenuante num caso de assassinato por haver menos
desperdício e melhor aproveitamento da vítima? (Zé,
adorável como de costume)