Amigos ouvintes, aumentem
o volume e cantem conosco! Dancem e cantem! A Hortaliça
está de volta e envia o tropical abraço a todos aqueles
que sintonizam o Serenatas de Abóboras, da 102.5 MHz, a única
que transmite ao vivo este hebdomadário para todo o Brasil, com
atraso de seis meses e chiado de sempre. Alô, alô, seu Farias,
alô alô carteiro Gigante, a seguir vocês irão
conferir as principais atrações desta nova edição,
com o patrocínio de Thina-Thoner, líder de mercado na
distribuição de cartuchos para ink-jet/
Ponto Final Digitação e Pesquisa, onde seu trabalho vale um tostão/ e Casa dos Varais, tradição de 20 anos no segmento dos varais. <sobe trilha> Nesta edição: temática adulta e linguagem rebuscada! Desvirtuamento de valores éticos! Notícias, atrações, entrevistas, alpinismo social, legumes transgênicos, bife à cebolado e tudo o que há de inovador em termos de Mandaqui, para você que quer se manter informado. E mais: entrevista exclusiva com o japonês que mora no bar do Firmo! Verduras locais em trajes de banho! Depoimentos de transeuntes perdidos e do motorista do 1756, que errou o caminho e foi parar na rua 2! Reportagens, artigos e opinião sobre o assunto que mais importa no Brasil e no mundo: o meu quintal. Agora, em Hortaliça #68. <silêncio no estúdio. Locutor pigarreia.> Queridos ouvintes, caros anunciantes. Estamos de volta com mais uma Hortaliça nos 102.5 Mhz de seu dial, com transmissão para todo o Brasil e Leste Europeu, direto de nossas antenas no Lauzane Paulista. Alô alô dona Ondina, o André da Vila Medeiros manda um beijo para a senhora e quer saber se vai ter chester no natal. Alô alô, o senhor que acabou de acordar, a senhora que vai para o trabalho ou que está voltando da partida de pinocle. Alô alô, você que operou o apêndice. Queremos aproveitar este início de programa para pedir desculpas aos nossos ouvintes e à senhora dona-de-casa, responsável pela economia do lar, vocês que se ressentiram de nossa ausência e ligaram para reclamar deste inverno de folhas e flores, de alfaces mirradas e de abóboras tristes. Que aumentem o volume e cantem conosco! Dancem e cantem! Hoje temos uma graúda Hortaliça de fortes emoções e talo robusto para o espectador que sintoniza o 102.5, muita vitamina B, muita sustança para a criançada. Os nossos convidados já estão chegando ao estúdio (é o que teimamos em repetir, desde o número 1), a atração principal não tarda, e enquanto isso vamos presentear os ouvintes com uma coletânea de amenidades e dados desencontrados sobre a vida que não interessam a ninguém, além de anúncios exclusivos de comerciantes que terão sua reputação arruinada por estarem conosco. Não que eles tenham pedido. É com grande viço que temos o prazer de anunciar (tada-pum), com o apoio dos nossos patrocinadores...
O que será de mim? Manda buscar outro, menina, lá no Piauí...
Meu pai era alfaiate, e algumas vezes conseguia fazer até dezoito dólares por semana. Mas ele não era um alfaiate comum. Seu recorde como o mais inepto alfaiate que Yorkville produziu jamais foi ameaçado. Isto poderia, inclusive, abranger partes do Brooklin e do Bronx. A idéia de que meu pai era um alfaiate era uma opinião mantida apenas por ele. Para seus clientes, ele era conhecido como "Sam Mal-ajambrado". Que eu saiba, ele foi o único alfaiate que se recusava a usar a fita métrica. A fita métrica pode ser boa para um agente funerário, dizia, não para um alfaiate que tem o olho certeiro de uma águia. Ele insistia que a fita métrica era bazófia pura e completa besteira, acrescentando que um alfaiate que precisasse medir um homem, para começo de conversa, não poderia sequer ser considerado alfaiate. [...] Nossa vizinhança era cheia de fregueses de meu pai. Eles eram facilmente reconhecidos na rua, pois andavam com uma perna da calça mais curta do que a outra, uma manga mais comprida do que a outra, ou com as golas do casaco indecisas sobre onde descansar. O resultado inevitável é que meu pai nunca tinha o mesmo freguês duas vezes.
A renda de meu pai como alfaiate oscilava entre dezoito dólares e nada por semana. [...] Freqüentemente ria de uma piada que não entendia e, depois que a explicávamos, ria outra vez. Gostava de pinocle com um ardor que a maioria dos homens reserva para a fama, a fortuna ou uma mulher. Preferia mais a companhia de Chico ou Harpo do que a minha, pois os dois eram excelentes jogadores de pinocle, e eu um inútil. [...]
Curso de ventriloquia por correspondência
1. Futebol O futebol era jogado com uma bola, dois times e nenhuma regra. Verdadeiras multidões corriam atrás da bola pelas ruas, uns brigando com os outros. As principais jogadas eram socar, morder e arrebentar a cabeça do adversário com uma tábua.
http://www.thesmokinggun.com/mugshots/nolte1.html
Uma noite, Denis Papin, que com toda a justiça era considerado no estrangeiro como um dos maiores físicos, jantava na casa do químico Edmond Wilde, na companhia de vários membros da Real Sociedade de Londres. Todos foram testemunhas de um prodígio, sem artimanha manifesta. Denis Papin relata o acontecimento numa carta que dirigiu a Mesmin, da Academia das Ciências de Paris: Edmond Wilde, tendo convidado algumas pessoas para jantar em sua casa, semeou na sua presença, antes de se sentar à mesa, sementes de alface numa taça que disse ter levado dois anos para preparar; verificou-se após o jantar, menos de duas horas depois, que a alface crescera à altura aproximada de um polegar (2,7 centímetros) contado da raiz. Ele disse que estava pronto a apostar dez contra um em como a coisa aconteceria sempre da mesma maneira; mas serão precisos ainda dois anos para preparar a nova terra. Essa experiência, diz ele, tem grande importância para a agricultura. Ele revelá-la-á quando tiver descoberto uma coisa ainda mais importante que tenciona acrescentar a esta... Jamais foi revelado o segredo de Edmond Wilde.
Escrever mal não é um crime. O sr. Hall Caine passeia pelas ruas à luz do dia, e não pode ser posto na prisão por uma narrativa simplória.
Vendem-se 3 máquinas de fraldas. Valor
2 de R$ 2.000,00 e 1 de R$ 1.000,00.
Porque, quando se tenta descobrir suas raízes, é comum encontrar um antepassado chamado Bermudo, o Gotôso, de reputação muitíssimo duvidosa, e isto: "[A família Moraes] é originária de uma outra povoação distante 1,5km, que foi deixada ao abandono devido a uma invasão de formigas de tal maneira vorazes que destruíram as provisões dos celeiros e atacaram as crianças". Covardes, ainda por cima. Um dia todos saberão que o êxodo dos Moraes e sua diáspora pelo mundo foram provocados por um ataque de (vorazes) formigas.
Mas naquela mesma noite, como se não fosse nada, Silvia lhe contou que durante todo o dia não conseguiu telefonar nem ao verdureiro, nem à cabeleireira, nem a Lidia, nem a ele mesmo no escritório; a ligação sempre caía na casa de sua mãe, a quem justamente naquele dia ela não tinha nada a dizer.
http://www.apple.com/trailers/miramax/comedian.html
Disk Bíblia
Era uma vez um sujeito valente, que teve a idéia de que os homens só se afogavam na água por estarem tomados pela idéia da gravidade. Se tirassem esta idéia da cabeça, digamos, reconhecendo tratar-se de um conceito supersticioso, religioso, eles seriam sublimemente resistentes a qualquer perigo advindo da água. Durante a vida inteira este homem lutou contra a ilusão da gravidade, de cujas conseqüências prejudiciais todas as estatísticas lhe traziam provas novas e múltiplas.
A heróica seleção ucrã (para sempre em nossos corações) reclamou do barulho dos sapos em frente ao hotel onde dormia. A resposta: "Há sapos que coaxam. Esta é uma reserva natural". Nunca vi tanta injustiça em copas do mundo.
Galvão: "Um jogador não reclama desse jeito se não houve nada. Arnaldo?" Arnaldo: "Não houve nada."
Campeonato amador em Pesque e Pague
FIRST CITIZEN: CINNA THE POET: FOURTH CITIZEN:
O chefe da posta disse a um judeu que chegara à estação com dois cavalos: "Daqui para a frente são precisos três cavalos. A estrada segue ladeira acima e o leito está cheio de valas. São três horas até o final". O judeu perguntou: "E quanto tempo levo com quatro cavalos?". "Duas horas." "E com seis?" "Uma hora." "Sabe de uma coisa?", disse por fim o judeu. "Atrele oito, assim não preciso nem partir".
o frio,
Eu, naquele inverno, estava tomado de furores abstratos. Não direi quais, não é isso que me proponho a contar. Mas é preciso dizer que eram abstratos, nada heróicos, nem vivos; de qualquer maneira, furores pelo gênero humano perdido. Vinha assim há muito tempo, e andava cabisbaixo. Via manchetes nos jornais sensacionalistas e abaixava a cabeça; estava com os amigos, uma hora, duas horas, e ficava com eles sem abrir a boca; abaixava a cabeça; e tinha uma moça ou uma mulher que me esperava, mas nem com ela eu trocava uma palavra, mesmo com ela eu abaixava a cabeça. Chovia o tempo todo, passavam-se os dias, os meses, e eu tinha os sapatos furados, a água me entrando nos sapatos, e não era mais nada que isso: chuva, carnificinas nas manchetes dos jornais, e água nos meus sapatos furados, amigos mudos, a vida em mim como um sonho surdo, e não-esperança, calmaria. Isso era terrível: a calmaria na não-esperança. Dar o gênero humano como perdido e não ter vontade de fazer coisa alguma quanto a isso, nem vontade de me perder, por exemplo, com ele. Eu estava perturbado por furores abstratos, não no sangue, e ficava quieto, sem vontade de nada. Não importava que minha namorada estivesse me esperando, estar com ela ou não, ou folhear o dicionário, era para mim a mesma coisa; e sair para ver os amigos, ou ficar em casa, era o mesmo para mim. Estava quieto; como se nunca tivesse tido um dia de vida, nem jamais soubesse o que é ser feliz, como se nada tivesse a dizer, a afirmar, a negar, nada de meu para pôr em jogo, nada a escutar, a dar, e nenhuma disposição de ganhar, como se em todos os anos de minha vida nunca tivesse comido pão, bebido vinho, ou tomado café, nunca tivesse estado na cama com uma mulher, nunca tivesse tido filhos, nunca tivesse brigado a socos com alguém, ou não achasse tudo isso possível, como se eu nunca tivesse tido uma infância na Sicília, entre os figos-da-índia e o enxofre das minas, nas montanhas; mas, dentro de mim, eu me agitava com os furores abstratos, e pensava sobre o gênero humano perdido, abaixava a cabeça, e chovia, não dizia uma só palavra aos amigos, e a água me entrava nos sapatos.
Para você, é apenas um duto, para
os microorganismos é o corredor da morte.
Em 1837, no início da era vitoriana, na Grã-Bretanha, Thomas Saverland tentou beijar Caroline Newton alegremente. Rejeitando a tentativa amorosa de Saverland, a srta. Newton, não tão alegremente, arrancou parte de seu nariz com uma mordida. Saverland levou Newton ao tribunal, mas ela foi absolvida. "Quando um homem beija uma mulher contra a sua vontade", decidiu o juiz, "ela tem todo o direito de morder seu nariz, se assim o desejar."
há muitos sábados atrás há muitos sábados atrás há muitos e muitos sábados atrás há muitos sábados atrás
Cristina Giongo é uma dama da zona norte que irradia um brilho todo especial Um líder nato, o jornalista e radialista e ex-deputado federal, Nelo Rodolfo, tem como grande mola propulsora a sua mulher Cristina Giongo, que no último dia 17 de setembro completou mais uma primavera. Mulher forte e decidida, Cristina nunca deixa de lado a ternura, característica que encanta a todos que com ela têm a sorte de conviverem. No enorme coração de Cristina sempre há lugar para todos, mas ela reserva um cantinho especial para seus grandes tesouros, o marido Nelo e os filhos Nelinho e Carolina, que a amam e lhe deram beijos cheios de emoção.
Ao centro, Romeu Chap Chap, presidente do Secovi.
Revista
piauí :: ENQUETE :: Enquete no site www.deusebom.com (Deus é B.O.M. = Benefícios e Orientação ao Menor S/C Ltda): Aceita a Jesus Cristo, o filho do Soberano
Deus Jeová como teu único mestre e Senhor, rejeitando
a qualquer outro ?
A penalidade até para uma transgressão insignificante era um jejum de sete dias, inclusive dois dias a pão e água em solitária, e dois açoitamentos (às quartas e sextas). Serviço durante quatro anos nas galés era a reprimenda severa por usar meias bordadas. Mas havia dentro da Fortaleza de S. Ângelo, onde o Grão-Mestre tinha sua sede, uma prisão conhecida como a oubliette -- uma espécie de cisterna subterrânea, a 3 metros abaixo do nível do chão, sem ar, sem janela, uma cadeia abandonada como se poderia imaginar. Era ali que se faziam sentir as penalidades mais severas. Era reservada para cavaleiros culpados de crimes graves; e ali o pecador desafortunado, por mais nobre que fosse, cumpria uma pena que podia ser de toda a vida. Ele podia passar dois meses naquela cela úmida e mortífera, nunca com mais de cinco passos de largura, por ter brigado na igreja. Três meses era a sentença para uma briga mais séria, em que se arrancavam as barbas; e um ano inteiro o castigo para a "desobediência".
Correio elegante com anões
:: DIÁLOGO :: Meu pai: "O Robert Altman morreu".
Para os fãs de literatura trata-se do desafio máximo - ler a pior romancista do mundo em voz alta, durante o maior tempo possível, sem cair na risada. Belfast irá encerrar seu festival literário na próxima terça-feira, pedindo aos participantes que se encontrem em um pub e recitem os trabalhos de Amanda McKittrick Ros, tida pelos críticos como a autora de alguns dos livros mais abomináveis já publicados. O vencedor será premiado com um romance de Barbara Cartland, uma passagem de trem para Larne, a cidade natal de Ros, e uma cópia do manual da escritora sobre como escrever um romance. O amor de Ros pela aliteração em suas obras românticas atraíram muitos admiradores zombeteiros entre seus colegas escritores, como Tom Sawyer e Aldous Huxley. Mas a escritora, natural da Irlanda do Norte, que morreu em 1939, previu confiante que seria "assunto de conversas ao fim de mil anos". Ela estava certa. Hoje, sua fama permanece. - Temos alguns dos melhores escritores do mundo, como Seamus Heaney (poeta ganhador do Nobel). Então, por que não ter o pior? - indagou David Lewis, do website de Cultura da Irlanda do Norte, que está organizando o evento. - Há um monte de fãs lá fora obcecados por ela. Tivemos um grande retorno - disse ele à Reuters. - Escolheremos os trechos mais ridículos que pudemos. As leituras em Belfast seguem-se a uma reunião de acadêmicos de Oxford, conhecidos como The Inklings (os rumores), que uma vez se encontraram para ler as obras da escritora em voz alta -- e ver por quanto tempo eles poderiam continuar antes de estourar em risadas. Faziam parte do grupo dois gigantes literários: C.S. Lewis, autor de "As crônicas de Nárnia", e J.R.R. Tolkien, criador de "O senhor dos anéis". Ros se enraivecia contra os críticos, chamando-os de "instantâneos maliciosos de melancolia" e "leiloeiros de Satã".
Now the song is nearly over
Contribuições dos srs.
Emilio Fraia, Alexandre Barbosa, da minha mãe, do Marcos e
do crocante André Conti. ::: www.hortifruti.org :::
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