Esta é a primeira de uma série de Hortaliças especiais, dedicadas a dois livros que têm uma coisa em comum: a heterogeneidade. O Livro Amarelo do Terminal (CosacNaify) é um almanaque de dados irrelevantes e informações desconexas sobre o maior terminal rodoviário da América Latina, reunidos com graça por esta que vos escreve. Seus personagens principais são freiras e surfistas, além de um misterioso bebê-com-a-bolacha-de-maisena que aparece uma vez sem dizer a que veio, e não torna a dar as caras. Mais informações na próxima edição, que contará com um exclusivo autógrafo por reembolso (destacável).
O verão do Chibo (Alfaguara) é a história de um narrador confuso numa plantação de milho onde vivem homens barbudos de galochas, procissões de formigas suspeitas e besouros de personalidade forte. Foi escrito em parceria com o Emilio Fraia, que não tem apêndice, e já está à venda nos melhores estabelecimentos comerciais ao sul do Mandaqui. Nesta edição, foram reunidos os trechos mais significativos dessa epopéia milharesca. Antes de começar, queiram por favor pensar em coisas cada vez maiores, na ordem, até que elas sejam tão grandes que não caibam mais nas idéias.
(Porque a gente não morre de ficar parado, mas de explodir a cabeça, de entupir tudo lá dentro, cinco elevado a cem, doze mil novecentos e cinqüenta e quatro, dez vezes um bilhão, até ficar completamente... vazio.)
:: RAINHA DA SUCATA - INTERNACIONAL ::
A trilha sonora d'O Verão está disponível à plebe em
http://www.4shared.com/file/52025898/12915ca9/Chibo.html
e possui as seguintes faixas:
1. Louis Armstrong - Potato Head Blues
2. Architecture in Helsinki - The Cemetery
3. The Killers - Mr. Brightside
4. Clap Your Hands And Say Yeah - The Skin Of My Kellow Country Teeth
5. Jefferson Airplane - White Rabbit
6. Current 93 - All The Pretty Little Horses
7. Robert Johnson - They're Red Hot
8. Csokolon - Amari Szi Amari
9. Chopin - Valsa Brilhante
10. My Bloody Valentine - When You Sleep
11. Beirut - Elephant Gun
12. Nino Rota - È Arrivato Zampano
13. Charlie Parker - I Got Rhythm
14. Mario Lanza - The Donkey Serenade
15. Tom Waits - Downtown Train
16. The Who - Cut My Hair
:: PONTO DE PARTIDA ::
O corpo, Stephen King
As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem -- as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou quando estava falando. Isto é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda.
:: POZZO ::
Esperando Godot, Beckett
Vladimir: E o senhor, o senhor é Pozzo?
Pozzo: Certamente, sou Pozzo.
Vladimir: Os mesmos de ontem?
Pozzo: De ontem?
Vladimir: Nós nos vimos ontem. (Silêncio) O senhor não se lembra?
Pozzo: Não me lembro de ter encontrado ninguém ontem. Mas amanhã não vou me lembrar de ter encontrado ninguém hoje. Não conte comigo para esclarecer nada. E além disso, chega. De pé!
:: ÉPOCAS DE TIAS ::
W ou A Memória da infância, Georges Perec
Não sei onde se romperam os fios que me ligam a minha infância. Como todo mundo, ou quase, tive um pai e uma mãe, um penico, uma cama de grades, um chocalho, e mais tarde uma bicicleta que, parece, eu jamais montava sem lançar gritos de terror à simples idéia de que fossem querer levantar ou mesmo retirar as duas rodinhas adjacentes que asseguravam minha estabilidade.
[...] O que caracteriza essa época é antes de tudo sua ausência de referenciais: as lembranças são bocados de vida arrancados ao vazio. Nada as ancora, nada as fixa. Quase nada as confirma. Nenhuma cronologia a não ser a que arbitrariamente reconstituí com o passar do tempo. Tempo passava. Havia estações. Esquiava-se ou colhia-se feno. Não havia começo nem fim. Não havia mais passado, e durante muito tempo também não houve mais futuro; simplesmente aquilo durava. Estava-se ali. A coisa se passava num lugar que era longe, mas ninguém poderia ter dito exatamente longe de que lugar, talvez simplesmente longe de Villard-de-Lans. De tempos em tempos mudávamos de lugar, íamos para uma outra hospedagem ou uma outra família. As coisas e os lugares não tinham nomes ou tinham vários; as pessoas não tinham rosto. Uma vez era uma tia, a vez seguinte era uma outra tia. Ou então uma avó. Um dia encontrávamos uma prima e quase havíamos esquecido de que tínhamos uma prima. Depois não encontrávamos mais ninguém; não sabíamos se aquilo era normal ou não, se ia continuar o tempo todo assim ou se era apenas provisório. Será que havia épocas de tias e épocas sem tias? Nada perguntávamos, não sabíamos muito bem o que caberia perguntar, devíamos sentir um pouco de medo da resposta que teríamos obtido caso pensássemos em perguntar alguma coisa. Não colocávamos nenhuma questão. Esperávamos que o acaso fizesse voltar a tia ou, se não aquela tia, uma outra, afinal, pouco importava saber qual das tias seria e inclusive que houvesse tias ou que não as houvesse. Na verdade, sempre estávamos um pouco surpresos de que houvesse tias, e primas, e uma avó. Na vida, passávamos muito bem sem elas, não víamos muito bem para que aquilo servia, nem por que eram pessoas mais importantes que as outras; não gostávamos muito daquele jeito que elas tinham, as tias, de aparecer e desaparecer a toda hora. Só sabemos que aquilo durou muito tempo e que depois, um dia, se interrompeu.
:: OS HOMENS OCOS ::
Eliot, tradução de Ivan Junqueira
I
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor,
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam -- se o fazem -- não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados
:: MÁXIMA ::
de Walter Benjamin
Pouco importa não saber se orientar numa cidade.
:: GRANDE OLARIA DE 66 ::
O Olaria Atlético Clube foi o ganhador do Campeonato Estadual de Basquete Infantil, em 1968, numa memorável campanha, à frente o técnico de basquete Heleno Fonseca Lima. Tal evento e outros tantos desse simpático clube da zona norte da cidade do Rio de Janeiro encontram-se registrados no livro Saudações Olarienses: Cartas para Michael Moore, do cronista Wagner Fonseca Lima, edições Armazém Digital (RJ), lançado em 2003.
Rebaixado na primeira divisão do Campeonato Carioca em 2005, o Olaria disputou em 2006 a segunda divisão do mesmo, no qual não teve uma campanha muito relevante. O time conquistou ainda em 2006 uma das quatro vagas que foram abertas para a primeira divisão do Campeonato Carioca de 2007, através de uma seletiva que foi realizada com a presença de oito clubes, tendo o Olaria chegado em terceiro lugar.
:: MACGUFFIN ::
de Hitchcock/Truffaut: Entrevistas
Hitch: A famosa cláusula secreta era o nosso MacGuffin. Precisamos falar do MacGuffin!
Trufô: O MacGuffin é um pretexto, é isso?
Hitch: É um expediente, um truque, um recurso para uma situação problemática, é o que se chama um gimmick.
Então, a história do MacGuffin é a seguinte. Você sabe que Kipling costumava escrever sobre a Índia e os britânicos que lutavam contra os nativos na fronteira do Afeganistão. Todas as histórias de espionagem escritas nesse ambiente eram invariavelmente sobre o roubo dos planos da fortaleza. Isso era o MacGuffin. Portanto, MacGuffin é o nome que se dá a esse tipo de ação: roubar... os papéis; roubar... os documentos; roubar... um segredo. Na prática, isso não tem a menor importância, e os lógicos estão errados em procurar a verdade no MacGuffin. No meu trabalho, sempre pensei que os "papéis" ou os "documentos" ou os "segredos" de construção da fortaleza devem ser extremamente importantes para os personagens do filme mas sem nenhuma importância para mim, o narrador.
Agora, de onde vem o termo MacGuffin? Ele evoca um nome escocês e pode-se imaginar uma conversa entre dois homens num trem. Um diz ao outro: "O que é esse embrulho que você colocou no bagageiro?". O outro: "Ah, isso! É um MacGuffin". Então, o primeiro: "O que é um MacGuffin?". O outro: "Pois bem! É um aparelho para pegar leões nas montanhas Adirondak". O primeiro: "Mas não há leões nas Adirondak". Então o outro conclui: "Nesse caso, não é um MacGuffin". Essa anedota mostra o vazio do MacGuffin...
(...)
Um fenômeno curioso acontece invariavelmente quando trabalho pela primeira vez com um roteirista; ele tende a concentrar toda a sua atenção no MacGuffin e tenho de lhe explicar que isso não tem a menor importância. Tomemos o exemplo de Os 39 degraus: o que os espiões procuram? O homem que não tem um dedo?... E a mulher no início, o que ela procura?... Será que ela chegou tão perto do grande segredo que foi preciso apunhalá-la pelas costas no apartamento de outra pessoa?
Trufô: É que deve haver uma espécie de lei dramática quando o personagem está realmente em perigo; durante o seu percurso, a sobrevivência desse protagonista passa a ser tão preocupante que o MacGuffin é completamente esquecido. Mas, seja como for, deve haver um perigo, pois em certos filmes, quando se chega, no final, à cena da explicação, portanto quando se revela o MacGuffin, os espectadores debocham, vaiam ou reclamam. Mas creio que uma de suas astúcias é revelar o MacGuffin, não bem no finzinho, mas após dois terços ou três quartos de filme, o que lhe permite evitar um final explicativo.
Hitch: Meu melhor MacGuffin -- e, por melhor, entendo o mais vazio, o mais inexistente, o mais irrisório -- é o de Intriga internacional. É um filme de espionagem e a única pergunta feita pelo roteiro é: "O que procuram esses espiões?". Ora, durante a cena no campo de aviação em Chicago, o homem da CIA explica tudo a Cary Grant, que lhe pergunta, referindo-se ao personagem de James Mason: "O que é que ele faz?". O outro responde: "Digamos que é um sujeito que faz export-import". "Mas o que é que ele vende?" "Ah!... só segredos do governo!" Você vê que, aí, reduzimos o MacGuffin à sua mais pura expressão: nada.
:: BLUES FÚNEBRE ::
W. H. Auden, tradução de Nelson Ascher
Que parem os relógios, cale o telefone,
jogue-se ao cão um osso e ele não ladre mais,
que emudeça o piano e que o tambor sancione
a vinda do caixão com seu cortejo atrás.
Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,
escrevam contra o céu o anúncio: ele morreu.
Que as pombas guardem luto -- um laço no pescoço --
e os guardas usem finas luvas cor-de-breu.
Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto
viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;
quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.
É hora de apagar as estrelas -- são molestas --
guardar a lua, desmontar o sol brilhante,
de despejar o mar, jogar fora as florestas,
pois nada mais há de dar certo doravante.
:: PAUSA PARA PEGAR SOLUÇO ::
O braço não é o braço, o braço é a cabeça.
A cabeça não é a cabeça, a cabeça é o umbigo.
:: O LUNA PARQUE ::
Adília Lopes
Eu julgava que aquilo era
um Luna Parque
saía-se como se entrava
e não acontecia nada irreversível durante
é o que é um Luna Parque
quando se é adolescente
mas não
quando dei por mim
já lá estava dentro
e não me lembrava
de ter entrado
quando disse agora quero-me
ir embora
riram-se ah minha rica
deste Luna Parque não se sai
quem cá vem não volta
não se volta atrás
então comecei a pensar
que ia passar o resto dos meus dias
no Luna Parque
acabas por aprender vais ver
a fazer das tripas coração
habituas-te vais ver
nos primeiros tempos dói
dá vontade de vomitar
depois percebe-se que
no Luna Parque que é
um sítio triste
pode não se ser triste
sai muito caro
mas poder pode-se
:: DESCRIÇÃO DE UM ECLIPSE ::
Do blog http://biselho.blogspot.com, de Lucas Paio
Colaboração da minha mãe
O eclipse lunar que obnubilará o céu esta noite me fez lembrar do fenômeno semelhante que ocorreu em 1996. Na ocasião, eu e meus primos Bruno e Paula nos alojamos no quarto desta última, que tinha uma vista melhor da janela, e realizamos um invejável estudo sobre o fugaz desaparecimento da Lua. Na verdade, o Bruno ficou olhando do binóculo, a Paula procurando pilha pra lanterna e eu registrando aquela coisa toda. Os pedaços manuscritos de papel não se perderam no tempo, e com isso vocês podem ler, na íntegra, o que a minha contraparte de 11 anos de idade escreveu sobre o eclipse lunar do dia (se meus cálculos estiverem corretos) 4 de abril de 1996:
O Diário do Eclipse
7:19
Não começou. O Bruno olhou um vermelhinho, mas parece efeito do binóculo. Será?
7:20
Parece que não é efeito do binóculo. Será? Continua a mesma coisa.
7:21
O Bruno viu uma bolinha pequenininha (ele olhou do lado errado).
7:22
Mesma coisa.
7:23
A borracha que a Paula botou na lâmpada queimou. O Bruno falou: “Apaga essa luz aí, ou! Que bosta!”
7:24
O Bruno viu um pedaço azul do lado da Lua. A Paula trouxe uma lanterna e o Bruno pensou que era outro binóculo.
7:25
O Bruno deu chilique porque viu um pedaço da Lua comido. E tá mesmo. Comido embaixo. A Lua tá virando interseção.
7:27
O Bruno falou: quantas horas?
7:29
A Tia Marilu foi ao “Observatório dos Dal”.
7:31
Em cima do pedaço comido da Lua tá vermelhinho. A lâmpada queimou de novo! Paula Dal! O Bruno falou: “Já volto!”
7:32
O Bruno tá arrumando o cronômetro. Tem mais um pedaço da Lua comido. A Paula foi renovar as pilhas.
7:33
A Lua tá mais vermelha e o comido tá quase-quase-quase-chegando na metade.
7:34
A Paula tá testando a pilha no testador errado.
7:35
A Pilha Everedy tá boa. Mema coisa.
7:36
A cordinha do binóculo tá atrapalhando a observação. Tem um tiquitinho da Lua comido. A Paula chega coçando.
7:37
O binóculo deu defeito. Desdefeitou. Mesma coisa. A Paula tá cantando “Xô Satanás”. O Bruno tá cantando “Pelados em Santos, Chopis Centis, Lá vem o alemão!”
7:38
Mais um pedaço da Lua comido. A Paula fala: “Quê que fudeu nesse trem”?
7:39
Um milímetro de Lua comido. O Bruno disse: “Que bucexinha”!
7:40
A Paula foi resolver o probrema da lanterna. Tem uma família jantando no prédio em frente.
7:41
Tem um disco voador!
7:48
A Lua tá comida mais um pedaço. Tá parecendo um pedaço de queijo ou meia bunda.
O diário terminava aí, com a adição apenas de um epílogo ("KBÔ! Paramos por aqui. Cansei de escrever. O Bruno peidou.") que não esclarecia se a lanterna foi consertada, que horas o eclipse atingiu seu apogeu ou a real natureza do disco voador avistado.
:: CAVALARIA VERMELHA ::
Isaac Bábel
-- Dona -- eu disse --, preciso comer...
A velha ergueu para mim o branco que transbordava de seus olhos quase cegos e tornou a baixá-lo.
-- Camarada -- disse ela após um breve silêncio --, é por causa de coisas assim que tenho vontade de me enforcar.
-- Que se enforque a mãe de Nosso Senhor -- resmunguei, irritado, empurrando a velha com um soco no peito. -- Só me faltava ter que lhe dar
explicações...
E, ao virar-me, vi um sabre largado ali perto. Um ganso de ar severo andava pelo quintal, limpando imperturbavelmente suas penas. Alcancei e curvei o ganso para o chão; sua cabeça estalou sob minha bota; estalou e sangrou. O pescoço branco ficou estendido sobre o esterco e as asas se juntaram por cima da ave morta.
-- Que se enforque a mãe de Nosso Senhor! -- disse eu, enfiando o sabre no ganso. -- Asse-o para mim, dona.
Soltando chispas pelos olhos cegos e pelos óculos, a velha apanhou a ave, embrulhou-a no avental e levou-a até a cozinha.
-- Camarada -- disse, depois de uma pausa --, tenho vontade de me enforcar. -- E fechou a porta atrás de si.
:: FOIE GRAS PARA O REI ::
Emilio Fraia, no ápice de sua fase pato
tenho a impressão, qüén, de que tomamos o castelo, qüén-qüén, que o bater panelas é nosso, que a gente está mais dentro do que nunca, que aquele ali na cozinha, de faca na mão, qüén, vai nos ajudar, vai sim, que essas cebolas e tomates, qüén-qüén, isso tudo, qüén, é o nosso plano dando certo.
A noite de autógrafos d'O Verão do Chibo acontecerá no dia 26 de junho, a partir das 19h, na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho), em São Paulo. Também haverá um animado debate sobre a polêmica repolho vs. agrião durante a Festa Internacional de Literatura de Paraty, no dia 3 de julho às 10h.
Aviso
Pedimos desculpas pela imagem do bebê cabeça-de-melão na capa desta Hortaliça. Entendam: é preciso comover os leitores e atrair público para o lançamento, e infelizmente nossas fotos de cachorrinhos se esgotaram.
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"Para ser lido na maldita hora da noite em que tudo é engraçado -- logo após a hora em que nada faz sentido e antes daquela em que tudo faz sentido" (Stephanie Avari, a moradora mais ilustre da rua Paulo da Silva Gordo)
## Você está recebendo !!Witzelsucht!! porque estava na mala direta. Ou então, ou então! Você está recebendo o !Rododendro! porque foi um dos 139 mil nomes escolhidos entre todos os possíveis, sorteados em uma grande urna chinesa. Você e o To Fu, que ganhou o direito de trazer um tufo de nenúfares e furar a fila. Caso não queira voltar a receber este jornalzinho, mande um e-mail para hortalica@gmail.com e diga na linha de assunto: "Foi demais para Kudno Mojesic", mesmo que você não seja -- e nem queira ser -- Kudno Mojesic.
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